Em 2000, as fotografias mostrando as capas dos suplementos ocupam a segunda posição com 90 imagens e cerca de 10% do total de fotografias na primeira página. Em 2010, estas fotografias descem vertiginosamente para 2,4%. Perdem 79 fotografias. Que estratégia passou a presidir à remissão para suplemento? Os dados mostram que a reprodução da capa do suplemento entrou em desuso, quando englobamos todos os jornais do estudo. Esta foi a maior alteração de dados entre os dois anos.

OBRAS VENCEM LUGARES NAS FOTOGRAFIAS DE 2010

A segunda maior alteração nos referentes fotográficos verificou-se nas fotografias mostrando obras artísticas. A obra é o segundo elemento mais fotografado em 2010 e o terceiro em 2000.

As obras subiram então, nesta tabela, de 3º para 2º. Reforçaram a sua visibilidade em 2010, quer em valores absolutos, com mais 41 fotografias, quer em termos relativos, passando de um peso de 5,6%, em 2000, para 19,3% do total de fotografias na primeira página durante 2010.

O lugar foi mais fotografado em 2000 do que em 2010. Em 2010, perde 21 fotografias face a 2000, passando a 4º lugar logo a seguir às fotografias de autores colectivos, que em 2010 sobem para a terceira posição, com mais 6 fotos do que no primeiro ano da década.

AUTORES INDIVIDUAIS SEMPRE MAIS FOTOGRAFADOS

Inalterável  é o predomínio das fotografias de autores individuais, mostrando a importância deste agentes na mobilização dos média e na própria compreensão que estes fazem do campo artístico. Além disso, esta variável — que se refere maioritariamente a artistas mas não exclusivamente tem também outros agentes, como curadores, programadores, directores artísticos, etc., — expressa a importância do individualismo na nossa cultura. Embora o autor colectivo tenha reforçado um pouco a sua presença em 2010 face a 2000, o valor de 2010 é de apenas 6,6%, quando o autor individual atinge nesse ano os 59,65!

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